domingo, agosto 27, 2006

Divirtam-se: Essa nossa era digital e o comportamento humano...

Para visualizar melhor a ilustração e ler as legendas, clique nas imagens.










Texto Complementar: Blogs e Guerra - A idéia de Salam Pax ganha adeptos

Caros alunos,
Na nossa aula sobre Blogs falei da iniciativa do Iraquiano Salam Pax que, durante a Guerra/Invasão no Iraque, relatou para o mundo o que realmente estava acontecendo no seu país, sem a censura prévio dos Estados Unidos. Agora, com os conflitos no Líbano, nasce mais um exemplo. Leia a matéria abaixo da Agência France Press, de 22 de agosto:

Blogs estão em plena ebulição em meio à guerra no Líbano

PARIS - "Há dois mil anos, em Canaã, Jesus transformou água em vinho. Hoje em Caná, forças israelenses transformam crianças em cinzas", escreveu o libanês Mazen em seu 'blog' (diário na internet), após o bombardeio israelense desta cidade libanesa, no qual mais de 50 civis morreram, mais da metade crianças.

Se a referência bíblica que Mazen evoca é polêmica - os israelenses, apoiados por muitos especialistas, situam o milagre de Caná ou Canaã em um povoado homônimo da Galiléia -, o 'blog' deste libanês de 30 anos (mazenkerblog.blogspot.com) é um bom exemplo do que se pode encontrar na rede.

Os 'blogs' se tornaram um fórum extraordinário sobre as experiências das pessoas que sofrem com o conflito entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah, afirmam especialistas."Tudo está fechado hoje, dia de luto nacional simbólico em memória das vítimas de Caná", escreve Pamela, que se apresenta como uma artista libanesa, em seu 'blog' (pchrabieh.blogspot.com).

Já Doha, de 25 anos, comparou o bombardeio de Qana ao "êxodo de um sonho" em seu 'blog' (lebanesebloggers.blogspot.com).Pelo menos 52 civis, entre os quais 30 crianças, morreram no domingo quando bombas israelenses atingiram a aldeia de Caná, no sul do Líbano, no mais mortal dos numerosos bombardeios contra a população civil que o Estado hebreu lançou desde 12 de julho, dia em que começou a ofensiva contra o Líbano.

A guerra entre Israel e o Hezbollah em solo libanês está cheia de testemunhos, assim como de comentários, desenhos, vídeos e fotos.Estes espaços para a expressão e o debate entre israelenses e libaneses já eram muito numerosos antes do conflito, mas a guerra lhes deu um impulso ainda maior.

Nicolas Dupuy, consultor francês sobre multimídia, explica que "o interesse do 'blog' no tratamento deste conflito é, no entanto, menos informativo que cultural ou social".Philippe Martin, um especialista francês radicado no Canadá, destaca em "nayezpaspeur.ca/blog" que existe uma "grande diferença" entre as informações provenientes da imprensa tradicional e a advinda dos 'blogs'.

"A mídia tradicional informa mais sobre as mobilizações militares, o balanço de perdas físicas e materiais, as posições políticas, os objetivos e estratégias", explica. Os 'blogs', no entanto, "nos falam mais com o coração, as emoções, (sobre) o vivido", acrescenta.

Para Loic Le Meur, pioneiro francês dos 'blogs', "agora a opinião se expressa diretamente nos 'blogs' de milhões de pessoas".A internet é "o único espaço não moderado de conversa pública entre libaneses, israelenses e os observadores do mundo inteiro que dão suas opiniões", conclui Le Meur.

Terceira atividade: Vídeo "O Impacto da Internet na Sociedade", com Pierre Lévy

Caros alunos,
Após a exibição e discussão em sala de aula do vídeo "O Impacto da Internet na Sociedade", com o filósofo Pierre Lévy, responda as quatro perguntas abaixo. Trabalho em dupla. Você pode responder as quatro perguntas em formado de texto. Bom trabalho!
1 - As tecnologias são produtos de uma sociedade e/ou de uma cultura?
2 - As tecnologias da informação (leia-se Internet e Jornalismo Online) tem o mesmo impacto na sociedade que outras tecnologias?
3 - A Internet assusta, agride e/ou resolve?
4 - Qual é o caminho da sociedade no nosso milênio, depois de passar o impacto da Internet?

domingo, agosto 13, 2006

Tapa na Pantera. Divirta-se!

Tapa na Pantera



Lembram de um dos "Para Casa" que eu passei? Assistir o vídeo "Tapa na Pantera" do site YouTube? Aí está para facilitar para vocês... Divirtam-se! Se quiserem se divertir mais, acessem o site!

Para saber mais sobre o vídeo:

Atriz de Tapa na Pantera se sente musa cult

"Eu me sinto uma musa cult." A atriz de teatro Maria Alice Vergueiro se diz surpresa com o sucesso repentino do curta-metragem Tapa na Pantera, que se tornou em uma semana febre na internet. No vídeo, postado no site You Tube sem a autorização dos autores, a atriz interpreta uma senhora que fuma maconha há trinta anos, personagem por ela criado.

Do alto de seus 50 anos de palco e 71 de idade, Maria Alice Vergueiro diz que nunca teve tanto sucesso quanto agora. O curta-metragem, assinado pelos jovens cineastas Rafael Gomes, Mariana Bastos e Esmir Filho da Ioiô Filmes, foi assistido até esta segunda-feira por mais de 235 mil internautas. Para quem se identificou, mais está por vir. Os cineastas se preparam para filmar novas cenas com Maria Alice.

A atriz nega fazer apologia do uso da maconha, mas diz não a considerar uma droga pesada. "O grande problema é você vender, traficar, ter o comércio disso. Até porque, quando isso acontece, o fumo vem ruim, malhado. O ideal seria você ter uma hortinha", diz ela entre risadas.
Também contou que os filhos e netos se sentem constrangidos com sua sinceridade no vídeo. Para ela, independentemente de o tema ser polêmico, o curta é um convite à liberdade contra a hipocrisia. Ela diz que a personagem é o avesso da figura de uma avó conservadora e relembra a sua infância.

Redação Terra

Falei sobre isso na nossa última aula


KAKÁ E OS CRAQUES BLOGUEIROS

O herói do primeiro jogo da Seleção é o ícone de uma geração de torcedores que se comunica com os ídolos por meio da internet

Ricardo Amorim e Ivan Padilla, de Berlim

Revista Época, 19 de junho de 2006, Edição 422

Depois de explodir o time da Croácia com um míssil teleguiado em curva, o craque Kaká partiu para o abraço virtual com uma audiência ampla: os leitores de seu blog. "Uh, uh! Meu primeiro gol em Copa", iniciou o post, para depois completar: "Pensei nos meus pais e imaginei as pessoas pulando na frente da TV no Brasil". Kaká é o ícone de uma nova fase na relação entre craques e torcedores, a "geração internet".

De um lado, os jogadores substituíram o celular no ouvido pelos computadores a tiracolo. "Não conheço nenhum craque que não leve um laptop para a concentração", diz Diogo Kotscho, assessor de Kaká. Do lado de cá da arquibancada, cada vez mais os torcedores acompanham futebol pela internet. Segundo pesquisa da consultoria especializada Global Market Insite (GMI), realizada em 12 países, 45% dos entrevistados escolheram a web para se informar sobre a Copa do Mundo, porcentagem superior à dos jornais e inferior apenas à da TV.

Fazendo a ponte entre ambos - craques e torcedores - está a grande estrela da primeira Copa do Mundo realmente interativa: o blog. Os blogs são espaços democráticos, que permitem a interação entre os próprios internautas, e não apenas com os blogueiros. O de Kaká é um dos mais movimentados. "Ele sentia falta de saber como está o clima no Brasil entre os torcedores. Agora, tem um bom termômetro por meio dos comentários a seus posts", diz Diogo Kotscho.

Na segunda-feira, véspera do jogo em que sairia como herói, Kaká escreveu sobre sua expectativa da estréia e colheu mais de mil comentários dos torcedores. A princípio temeroso de fazer alguma revelação imprópria sobre o ambiente da concentração, Kaká acabou se soltando e hoje manda posts quase diários, contando tudo o que sente vontade. Mas, é claro, falando mais de si que dos companheiros de equipe. Segundo o assessor, é o próprio jogador quem escreve os textos. Cabem a Diogo apenas uma revisão final e o envio para a publicação. Na semana passada, o blog do craque do Milan - que a torcida do São Paulo reverencia como se até hoje ele vestisse a camisa tricolor - registrou a média de 50 mil visitas diárias. O blog é patrocinado pela AmBev, numa demonstração de que a internet cada vez mais desperta o interesse dos anunciantes.

O blog de Roberto Carlos também está entre os mais visitados. Os posts são atualizados a cada dois ou três dias. Todos trazem fotos do lateral com os companheiros da Seleção, feitas na concentração ou nos treinos. Trazem também relatos curiosos do dia-a-dia. "Vitória!!!", anunciava a mensagem publicada no dia seguinte ao jogo do Brasil. "Primeiro jogo, primeira vitória! Começamos bem o caminho do hexa. Mas muita coisa tem de melhorar. Copa do Mundo é assim, tem de crescer na competição." Adiante, ele anuncia os planos para as próximas horas: "Hoje é nosso tão sonhado dia de folga. Dia para dar uma volta, encontrar as pessoas de que gostamos, ir a um restaurante diferente".

Na foto que ilustra esse post, Roberto Carlos aparece ao lado de Ronaldo no treino anterior ao jogo contra a Croácia. Quase todos os leitores comentaram a apagada atuação do atacante. Uma delas, identificada como Maruta, diz que Ronaldo não deve começar jogando a próxima partida. "Faça uma pergunta ao Parreira: 'Se fosse o Robinho que estivesse meio devagar, ele escalaria o Ronaldo no domingo?'", diz ela. "Fala para o Ronaldo Fenômeno que estou do lado dele", respondeu Iza Jiviani Cardoso, servindo-se de Roberto Carlos para dar um recado ao ídolo.

As conversas que se estabelecem entre blogueiros e fãs raramente precisam de moderação. Provocações e ofensas normalmente são expurgadas pela própria comunidade que se forma em torno de um blog. "De vez em quando, aparece um corintiano para dizer que o Nilmar é melhor que o Fred. Mas não precisamos fazer nada, os internautas mesmo se encarregam de defendê-lo", afirma Francis Melo, coordenador do blog do atacante mineiro que atua na França e usa seu blog para comentar os jogos da Seleção. O goleiro reserva da Seleção, Rogério Ceni, tinha medo de que os adversários do São Paulo ä Futebol Clube o alvejassem com tomates virtuais. O temor se mostrou infundado. "Curiosamente, ele não é provocado por torcedores de times rivais. Acho que a Seleção ajuda a unificar a torcida", diz o assessor André Carnielli. É ele quem ajuda o jogador a colocar no ar os textos que escreve de próprio punho.

Rogério aproveita a liberdade para elogiar colegas. Isso já chegou a ser visto como uma indireta para o técnico Parreira. Ao falar das cobranças de falta de Juninho Pernambucano, escreveu: "Um aproveitamento fantástico, e olha que de faltas eu entendo. Tiro o chapéu para o Juninho, no momento ele é o melhor cobrador de faltas do mundo. E digo mais, se ele jogar durante esta Copa, quando pintar uma falta perto da área, pode arrumar a cadeira e se preparar para gritar gol!". Há quem tenha enxergado na frase uma pressão pela escalação do meia do Lyon. Mas o goleiro são-paulino afaga até mesmo os rivais na briga por um lugar no time titular. Faz questão de esfriar os ânimos dos que pedem, nos comentários, sua escalação com a camisa 1 do Brasil. "Para minha surpresa e felicidade, vejo que muitos comentários são de torcedores que desejam me ver jogando. Mas peço de coração a todos que torçam bastante para que o Dida faça uma ótima Copa do Mundo, pois ele também é um grande goleiro e companheiro", postou no dia 12, véspera da estréia do Brasil na Copa. Rogério sabe que soa simpático falar bem de seu principal concorrente. Numa época em que os craques são estrelas midiáticas, a internet é uma poderosa ferramenta na construção de uma boa imagem.

Craques como o inglês Michael Owen, o espanhol Xabi Alonso e o francês Claude Makelele também mantêm diários virtuais na internet. São, no entanto, extremamente burocráticos e desatualizados. No post de 13 de junho, três dias depois da estréia da Inglaterra na Copa, Owen comentava que começou a acompanhar Mundiais em 1990. Não mencionou uma palavra sobre a competição na Alemanha. Xabi Alonso, autor de um dos quatro gols da espetacular vitória da Espanha sobre a Ucrânia, falou de sua predileção por jogar golfe e paddle nas horas vagas. Isso a dois dias do início da Copa. No mundo dos blogs, até agora o Brasil é o campeão indiscutível.

Acesse e confira:

Blog do Kaká
Blog do Rogério Ceni
Blog do Ronaldinho Gaúcho
Blog do Roberto Carlos
Blog do Fred

Segunda atividade: Orkut e Internetês

Caros alunos,
Como segunda atividade leiam as páginas 10 a 22 da apostila 9 de Jornalismo Online (Pasta do xerox número 121). São dois textos: um sobre Orkut e o outro sobre internetês. Para o texto sobre o Orkut, faça um texto opinativo de cerca de 3 parágrafos. Bom trabalho!

quarta-feira, agosto 09, 2006

Texto complementar: Se tiver um tempo, dê uma lida

ATIREM BYTES E PIXELS

O jornal Washington Post tem planos para deixar de circular na forma impressa no ano de 2020 e se tornar disponível só na versão on-line. Essa previsão é feita considerando que o mercado consumidor de produtos jornalísticos deverá evoluir para um novo padrão, seguindo a tendência formada pelo segmento de jovens que têm hoje entre 12 e 20 anos. Essa turma não suja mais os dedos de tinta, vê cada vez menos TV e se informa pela internet. Claro que os fornecedores de papel, de logística de distribuição e os donos de pontos-de-venda vão ter problemas, mas, indiscutivelmente, o futuro do jornalismo será o de produtos que vão escoar através da superestrada da informação digital: TV, internet e celular.

O conhecimento desses planos me trouxe à mente o nosso presidente da Câmara de Deputados, Aldo Rebelo. Talvez porque esse deputado seja para mim o ícone da incapacidade dos políticos brasileiros de atualizar suas idéias. Esse deputado do PCdoB sempre lutou procurando apresentar projetos destinados a preservar empregos, os quais ele imagina que estejam ameaçados pelos avanços tecnológicos. O deputado é coerente com a ideologia de seu partido, que mantém, ainda em 2006, o martelo e a foice como símbolos do trabalho. Em 6 de abril de 1994, o deputado apresentou um projeto de lei que, curto e grosso, "proíbe a adoção por qualquer órgão público da administração direta e indireta, nos níveis municipal, estadual e federal, de qualquer inovação tecnológica que seja poupadora de mão-de-obra".

O projeto de lei rodou por 11 anos em regime de apreciação por várias comissões permanentes da Câmara, até que, em 6 de junho de 2005, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática votou por unanimidade pela rejeição do projeto de lei, embora reconhecendo "a louvável intenção do autor". Pelo visto, não podemos perder totalmente as esperanças de encontrar decência e lucidez entre os parlamentares do atual e vergonhoso Congresso.

Mas, se você acha que parlamentares apresentando e subscrevendo bobagens são privilégios do Brasil, deveria conhecer o tiro no pé que foi a Lei da Bandeira Vermelha aprovada na Inglaterra em 1865 e que vigorou até 1896 - portanto, durante 31 anos. Apesar do nome, essa lei não tinha nada a ver com comunistas ou socialistas. Naquela época, o transporte era sinônimo de carruagens e estrada de ferro. Logo o aparecimento de uma inovação tecnológica, que era o avô daquilo que chamamos hoje de automóvel, poderia ameaçar o status quo dos transportes.

Conhecida como "carruagem-sem-cavalo" ou "locomotiva leve", aquela geringonça experimental imediatamente desagradou aos poderosos empresários de estradas de ferro e aos das empresas de carruagens. Um forte lobby foi articulado por esses dois setores empresariais para matar na origem aquela virtual ameaça a seu poderio. O pretexto foi a segurança pública. Assim conseguiram aprovar a lei que exigia que o trânsito de qualquer daquelas geringonças só poderia se realizar com um homem a sua frente, a pé, empunhando bandeira vermelha - daí o nome da lei - e anunciando a passagem da coisa.

"Quem tenta sufocar a inovação está condenando as próximas gerações ao atraso"

Esse lobby de empresários conquistou o apoio de seus sindicatos de trabalhadores, preocupados com o eventual desemprego, graças à inclusão na tal lei da exigência de que cada "carruagem-semcavalo" deveria ter, obrigatoriamente, um condutor profissional e mais três pessoas responsáveis pela manutenção do veículo. Quando se juntam os sindicatos de patrões e de trabalhadores, nada pior para a sociedade como um todo.

A Lei da Bandeira Vermelha impediu a viabilidade econômica de qualquer plano de massificação de veículos automotores na Inglaterra. E por isso a inovação tecnológica foi brotar como semente revolucionária em outros lugares, nutrida e aperfeiçoada por tipos empreendedores como Gottlieb Daimler e Karl Benz, na Alemanha, e Henry Ford, nos Estados Unidos. O resto dessa história já é conhecido, e a Inglaterra foi a grande perdedora. Tente sufocar a inovação ou parar a mudança em um país, tente parar uma onda global, e você estará condenando as próximas gerações a trilhar o caminho do atraso em direção à irrelevância.

Transformações que rompem os padrões estarão nos anos à frente se abatendo em ondas sucessivas sobre a humanidade. Teremos de reinventar e inovar em escala jamais vista, mudar nossos estilos de vida, nossas organizações, nossas estruturas de governo. As pessoas terão de desenvolver um nível maior de responsabilidade individual sobre os próprios destinos e também uma nova qualidade de responsabilidade comunitária e cívica. No que diz respeito a reinventar nossas instituições democráticas, dominadas por uma escória obscurantista e corrompida, é uma boa pista a seguir o desespero do deputado Fernando Gabeira, quando diz que "a digital é a única revolução que nos resta. Vamos armar com ela as principais trincheiras contra a invasão dos bárbaros. Vamos morrer atirando bytes e pixels".

Serão tempos instigantes e valerá a pena participar dessa jornada da humanidade, tenho certeza; e, acredito, nossos bisnetos provavelmente escreverão sobre os nossos dias da mesma forma que Dickens escreveu sobre os tempos da Revolução Francesa: "Foi o melhor e o pior dos tempos, a idade da sabedoria e a da insensatez, a era da fé e a da incredulidade, o Século das Luzes e o Século das Trevas, a primavera da esperança e o inverno do desespero".

Ricardo Neves é consultor de empresas e autor de "Pegando no Tranco - O Brasil do Jeito Que Você Nunca Pensou".

terça-feira, agosto 08, 2006

Curiosidade: Para você ficar por dentro do assunto...


CASCATAS DIGITAIS - Textos apócrifos na internet

Observatório da Imprensa
Edição 384
6 de junho de 2006

Já dizia Lavoisier, "na natureza nada se cria". Mas, em tempos de banda larga, a novidade é encaminhar. O livro "Caiu na rede" da jornalista Cora Rónai, é um divertido esclarecimento sobre 'autoria' e 'plágio' em tempos de tecnologia digital.

Como manter para si, egoisticamente, o melhor texto sobre palavrões escrito por Millôr Fernandes? Ou o bizarro conselho sobre uso de filtro solar de Vonnegut, durante a colação de grau no MIT? Mas há um probleminha: estabelecer a autoria destes surtos de sabedoria popular soltos na rede. Afinal, não, Millôr não é o idealizador da tal missiva eletrônica. E, na verdade, Kofi Annan era o paraninfo, e em seu discurso não estava preocupado com as emissões solares.

Em Caiu na rede, Cora leva o leitor para um mundo de textos apócrifos - aqueles muito em moda desde os tempos da Bíblia (se bem que a conexão daquela época não era das melhores...) Aqui, Cora nos mostra como qualquer coisa, escrita por qualquer um, com qualquer nome na etiqueta, pode ser lançada no ciberespaço e, em questão de horas, ser lida por multidões ao redor do mundo. "O meio-de-campo da Internet está tão embolado, e os apócrifos se espalham com tal velocidade, que qualquer tentativa de descobrir ou estabelecer autorias é, praticamente uma batalha perdida", afirma.

A autora reúne clássicos da web sobre amor, fama e poder. Corrige injustiças, devolvendo a César o que é de César. Mesmo que, à primeira vista, parecesse ser de Luis Fernando Veríssimo. Fala das motivações desses falsários anônimos que não só se dão ao trabalho de escrever, como tentam imitar o estilo de seus ídolos. Além dos clássicos casos de omissão do nome do autor ou da substituição por um de maior popularidade.

Um ano depois de comprar seu primeiro computador (1986), Cora Rónai decidiu publicar uma coluna sobre informática, "Circuito integrado", que saiu em várias seções do Jornal do Brasil até que, em 1991, a colunista criou, no jornal O Globo, o caderno semanal "Informátic@ etc.", do qual ainda é editora. Escreve uma coluna semanal no "Segundo Caderno" do Globo e publica textos, fotos e pensamentos no blog internETC. Publicou, entre outros, Sapomorfose, livro para crianças com mais de 100 mil exemplares vendidos.

Caiu na rede tem como subtítulo "Os textos falsos da Internet que se tornaram clássicos de Millôr Fernandes, Luis Fernando Veríssimo, Arnaldo Jabor, João Ubaldo Ribeiro, Caetano Veloso, Jorge Luis Borges, Carlos Drummond de Andrade, Gabriel García Márquez e muitos outros".

Primeira atividade: esquentando as baterias...


Caros alunos,
Como primeira atividade desse semestre gostaria que vocês lessem o texto "Blogs - Os novos campeões de audiência" da Revista Época, edição número 428, de 31 de julho de 2006, páginas 96 a 105. Após a leitura dessa matéria, fazer um texto de aproximadamente 3 parágrafos resumindo o assunto lido e as suas conclusões sobre o tema. Exercício em dupla.

Caros alunos, sejam bem-vindos!

Caros alunos,

Sejam bem-vindos ao sexto período de jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva e à disciplina Jornalismo Online.
Turno manhã: quinta-feira
Turno noite: sexta-feira
Professor: João de Castro Lima César, vulgo, João Online
Email: joaodecastro.prof@newtonpaiva.br
Qualquer dúvida, por favor entre em contato através do email acima.