domingo, novembro 05, 2006

Texto Complementar: O que é web 2.0 ?


















Em 2001 houve uma grande crise no mercado da internet. Muita gente faliu, muita gente perdeu muito dinheiro. Porém, muito longe de morrer com a crise, a internet acabou se tornando mais importante do que nunca, com novas idéias muito interessantes aparecendo o tempo todo. Foi a partir desta constatação que Tim O'Reilly e outras pessoas das maiores empresas do ramo de internet começaram a reparar (em uma conferência chamada web 2.0) que as empresas que deram certo na internet têm algo em comum. Esse "algo em comum" é uma série de conceitos que formam o que nós chamamos de Web 2.0.

Web 2.0 é, basicamente, uma internet viva. O que faz esta nova
internet ser viva é muito simples: internet é feita de gente.


Na internet antiga, algumas pessoas pensavam em traduzir o que se fazia em jornal, revista e TV para a internet. Não deu certo. Então apareceram sites que utilizavam a interatividade com as pessoas para se desenvolver. Sites cujo conteúdo é feito e organizado exclusivamente pelos próprios visitantes do site, não por uma equipe editorial.

No Brasil há alguns exemplos-chave. O orkut é um deles. É um site cujo conteúdo é feito exclusivamente pelos usuários que participam do site e se relacionam através dele. Outro exemplo é o mercado livre . Ele não é uma loja virtual, não tem um estoque, não tem uma equipe de entrega. Ele é totalmente feito pelos usuários que visitam o site e vendem através dele.

Existem centenas de outros exemplos espalhados pelo mundo. Rádios nas quais o usuário organiza as músicas como quer, sites de fotos onde o usuário insere e organiza suas fotos, sites para guardar e compartilhar com amigos seus links favoritos, sites de notícia em que o usuário é que faz a notícia, enciclopédias nas quais o usuário escreve ou corríge um artigo, enfim, os exemplos não têm fim. A cada dia aparecem novas idéias.

O conteúdo dos sites também sofreu um enorme impacto com a Web 2.0. Agora o usuário tem um papel fundamental no conteúdo. Ele não somente lê, ele participa. Em alguns casos são os usuários que fazem e organizam todo o conteúdo do site.

Um bom exemplo disso é a wikipedia, uma enciclopédia onde qualquer usuário pode escrever um artigo e publicar e qualquer usuário pode alterar qualquer artigo. O mais impressionante é que hoje essa enciclopédia está concorrendo com a melhor enciclopédia do mundo, a enciclopédia brittanica, e sem pagar nem um tostão para profissionais escreverem os artigos.

Além disso, na web 2.0 o usuário faz com que o sistema e o conteúdo fiquem mais ricos. Mesmo quando o conteúdo não é gerado pelos usuários. Isso acontece através de comentários, avaliação de uma notícia, personalização do site, entre outras coisas.

Na web 2.0 o usuário pode receber o conteúdo do site de diversas formas, personalizando o site como ele quiser. O usuário pode fazer uma "assinatura" do site, como se faz com uma revista ou jornal, através do RSS. Na web 2.0 já não existe audiência, existem comunidades. Enfim, na nova internet o usuário é o rei.

Colaboração: Na web 2.0 o usuário é que faz o conteúdo do site. Um bom exemplo é o orkut. Todo o conteúdo do orkut é gerado pelos seus usuários. Outro bom exemplo é o Flickr, site de compartilhamento de fotos em que o usuário disponibiliza e organiza suas fotos online.

Personalização: o usuário vê o conteúdo que quer, do jeito que quer.Um novo conceito de home page foi criado na web 2.0: a home page pessoal. Em sites como Google.com/ig, netvibes.com e live.com é possível criar a sua própria home page com o conteúdo que você quiser, através de RSS. Essas home pages são totalmente personalizaveis. A idéia é dar ao usuário toda a possibilidade de personalização do conteúdo para que este seja realmente relevante para aquela pessoa.

Remix: o usuário pode mudar o conteúdo e republicá-lo.Sites como a wikipedia, uma enciclopédia online feita pelos usuários, dão a possibilidade do usuário copiar a informação e reutilizá-la como quiser. Para isso foram criadas outras formas de direitos autorais, como a common creatives, que flexibiliza os direitos autorais permitindo que o usuário reutilize o conteúdo do site.

Avaliaçâo: o usuário decide o que é melhor.Sites como a amazon, submarino e mercado livre utilizam a colaboração do usuário para definir o que é melhor no seu conteúdo. Na web 2.0 este conceito pode ser radicalizado como em sites de notícia em que só aparecem as noticias bem avaliadas pelos usuários (exemplo digg.com). A maior qualidade deste conceito é elevar o grau de relevância do conteúdo deixando o trabalho para o usuário.

Confiança total no usuário. Na wikipedia qualquer usuário pode criar ou alterar um artigo. O conceito é o mesmo do software livre: se há muitas pessoas olhando, todos os erros são corrigidos facilmente. Comunidades que se auto-moderam, através da participação dos usuários indicando ao sistema qual usuário não deve mais participar da comunidade é outro exemplo. A web 2.0 dá entender que o usuário é confiável, sempre.

Tagueamento, não taxonomia: o usuário organiza o próprio conteúdo. Os criadores do del.icio.us, um site para guardar e compartilhar links favoritos, criaram um novo conceito em arquitetura da informação, chama-se tagueamento (do inglês: tagging). Em vez de criar pastas e categorias pré-definidos para o usuário escolher, cada usuário pode dar uma palavra-chave para um determinado conteúdo, assim, quanto mais usuários taguearem o conteúdo, melhor organizado ele será.

O usuário interage com o sistema ou conteúdo tornando-os melhores. Através de avaliação do conteúdo, comentários nas notícias, e outras formas de participação, o usuário pode interagir com o sistema e alterar o conteúdo do site, tornando-os cada vez melhores.

RSS, o usuário assina o conteúdo do site. Na web 2.0 o usuário recebe o conteúdo do jeito que ele quiser. Através da tecnologia RSS (sigla em inglês: real simple sindication) um usuário pode ficar sabendo em tempo real de todas as alterações ou novos conteúdos feitos em um site sem precisar entrar nele. Assim ele "assina" o site, como quem assina uma revista ou jornal.

Comunidade, não audiência. Na web 2.0 não existe audiência, na qual os usuários recebem a informação e a lêem. Em vez disso, são formadas comunidades, seja através de sites de relacionamento como o orkut, seja através de comentários em notícias e blogues. Internet é feita de gente, e gente gosta de se relacionar.

Web 2.0 e as novas formas de monetização.

Na web 2.0 surgem novas formas de ganhar dinheiro com a internet. Uma delas se chama LongTail, que consiste em ter um catálogo muito (muito, muito) grande de produtos que em lojas comuns vendem pouco. Isso chama a atenção de muitos consumidores que não encontrariam aqueles itens em nenhuma loja que não fosse na internet. Com muitos usuários gastando pouco (por cada item que compra) em um catálogo grande, ganha-se mais dinheiro do que com os itens campeões de venda.

Outra forma de monetização da nova internet são os softwares como serviços. São programas que funcionam através da internet e que são pagos mensalmente, como uma conta de água. Além destas duas, há outras como a venda do conteúdo de um site que foi gerado pelos usuários, a venda de informações que são usadas para fazer um programa (ex. as fotos aéreas que são usadas no google maps), venda de espaço para publicidade onde se paga somente quando o usuário clica no anúncio, entre outras.

Longtail. Uma loja virtual pode ter um catalogo muito grande, cheio de itens que vendem pouco e não valem à pena para lojas comuns que têm um custo de manutenção alto para manter o produto na prateleira. Mas justamente por serem difíceis de se encontrar em lojas comuns que estes itens são os mais preciosos para quem gosta deles.

Por isso, o modelo de vendas na web 2.0 deve ter um sistema para fazer as pessoas descobrirem estes itens únicos do catálogo - por exemplo: "pessoas que compram este CD também compram...". A venda de muitos itens que individualmente vendem pouco traz muito mais retorno financeiro que as vendas de produtos que individualmente vendem muito. Na sabedoria popular: de grão em grão, a galinha enche o papo.

AdSense. Em vez de criar um só site com muitos usuários para verem poucos anúncios muito caros, o google criou um sistema onde qualquer um (ou seja, milhões de pessoas) pode anunciar gastando muito pouco. Do outro lado, qualquer usuário pode colocar estes anúncios no seu site, gerando uma pequena receita para si mesmo e para o google. Muitos usuários gerando pouco dinheiro cada = muito mais retorno que as mídias de massa como rádio e TV.

Software como serviço online. Em vez de vender softwares empacotados por preços altos, na web 2.0 vende-se serviços, pagos mensalmente. Muitos usuários pagando pouco mensalmente = muito mais retorno que a venda de softwares caros em pacotes.

Pague por Clique. Na web 2.0 aprendeu-se que dá mais dinheiro cobrar quando o usuário clica no anúncio do que simplesmente se o usuário ver o anúncio (pageview). O anunciante paga somente pelos cliques que seu anúncio recebe.

Venda de conteúdo que foi gerado pelos usuários. Com a devida autorização, o conteúdo que é gerado em sites colaborativos pode ser vendido para outras formas de serviço.

Venda de dados para novos programas. Um bom exemplo é o google maps e o google earth. O google fez um incrível sistema para ver toda a terra de cima. Mas não foi o google que tirou as fotos de toda a terra, ele teve ou tem que pagar por esses dados. A venda de dados para a criação de programas é um grande negócio na web 2.0.

Trechos do texto extraídos do site: www.desta.ca

1 Comments:

At 1:37 AM, Blogger Gilberto Jr said...

Por favor, retire esta matéria deste site. Eu não autorizei a publicação de nunhum texto meu neste blog.

 

Postar um comentário

<< Home